“Sou religiosa, e o nosso Pai Eterno está aqui. Essa doença vai embora”, profetizou dona Hilda.
"Deixo para quem pode viver mais."
"Deixo para quem pode viver mais."
Dona Hilda mora na pequena comunidade de Três Ilhas, a quase 30 km do Centro da cidade. Ela havia sido selecionada para ser uma das primeiras imunizadas, mas tomou atitude generosa.
Em nome da generosidade, uma idosa de 108 anos de Rio das Flores (RJ) abriu mão de ser uma das primeiras vacinadas contra a Covid-19 na cidade. A atitude de dona Hilda Cândida da Silva foi por uma boa causa: ela cedeu a vez para o próximo da fila.
Dona Hilda mora na pequena comunidade de Três Ilhas, a quase 30 km do Centro de Rio das Flores. No documento de identidade, ela aparece um pouco mais nova, com 106 anos. A justificativa da família é de que na época em que ela veio ao mundo se registrava o filho depois da data certa do nascimento.
Dona Hilda, de 108 anos, abriu mão da vacina contra Covid-19 e deu a vez ao próximo em Rio das Flores Foto: Reprodução/TV Rio Sul |
Em Rio das Flores, seis idosos serão vacinados contra a Covid-19 nesta primeira etapa da campanha. O primeiro a ser imunizado na cidade foi um idoso de 99 anos, que está a poucos dias de completar 100.
Por ser uma das mais velhas, dona Hilda foi escolhida para estar entre os seis primeiros que receberão a dose. Na terça-feira (19), a equipe de enfermagem esteve na casa dela para aplicar a vacina, mas ela disse “não”. Deixou claro que o motivo não foi por medo, mas sim, pela generosidade de pensar no próximo.
Josélia Aparecida de Oliveira, uma das netas que cuidam dela, acredita que a avó foi capaz de pensar naqueles que talvez tenham um caminho “mais longo” a percorrer.
“Ela quis deixar para os mais novos, pra quem tem uma vida mais longa ainda. Sinceramente, a gente quer muito a vacina, e ela dispensou pensando no próximo. Uma atitude muito generosa da parte dela”, opinou Josélia.
Depois de mais de um século de vida, a saúde da dona Hilda tem suas barreiras. Os remédios que ela toma hoje em dia não são poucos e a limitação do dia a dia já entrou na rotina da simpática senhora.
Analfabeta, dona Hilda carrega o conhecimento que as cadeiras de faculdade nenhuma pode dar. Da forma dela, sabe que o coronavírus mudou o mundo. Os caminhos que ela percorreu até aqui tiveram muito suor e lágrimas, mas também, paciência, solidariedade e muita fé de que a pandemia vai passar. Do Pombal Notícias
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