Segundo a PF, 10% da fatura era para o prefeito e 3% para o mediador. “Com certeza os gestores sabiam que eram uma fraude. Nenhum projeto chegou a ser executado. [...] Programas de prateleira que pode ser comprado a R$ 3 mil no mercado, no esquema valiam de R$ 120 mil a R$ 400 mil”, disse Hebert.
Os mandados cumpridos na segunda foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal (TRF). Segundo o delegado, o TRF não expediu mandados de prisão para os prefeitos por não julgar necessário. Um deputado estaria envolvido, mas seu nome não foi divulgado por causa do sigilo da ação.
Quatro empresas estão entre as investigadas, duas seriam vencedoras dos processos de licitação e as outras duas “figurantes”. “A mesma pessoa de Minas Gerais veio para a Bahia. Era sempre o mesmo tipo de crime. [...] Eles vieram para a Bahia porque o serviço começou a ser muito denunciado nos outros estados”, explicou Herbert.
Vinte e cinco cidades baianas estão envolvidas no escândalo de desvios de recursos da educação via FUNDEB, segundo informou a Polícia Federal. O rombo desviado supera os R$ 57 milhões. Ao todo, 25 cidades foram apontadas com irregularidades na Operação Águia de Haia. São elas: Salvador, Camaçari (no distrito de Guarajuba), São Domingos, Ruy Barbosa, Água Fria, Capela do Alto Alegre, Mairi, Feira de Santana, Buerarema, Ilhéus, Itabuna, Camamu, Una, Ibirapitanga, Camacan, Mirangaba, Uauá, Teixeira de Freitas, Paramirim, Livramento, Cotegipe, Nova Soure, Itapicuru, Cipó e Ribeira do Pombal.
Os delegados federais Fernando Hebert e Muniz afirmaram que têm “certeza” da participação dos prefeitos e secretários de Educação no esquema que desviava recursos do FUNDEB. A polícia federal se recusou a dizer quais dessas cidades tinham irregularidades, para não prejudicar as investigações.
Do Bahia Noticia. → Blog do Joilson Costa
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