quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um pouco da história de Nossa Senhora do Monte Serrat

Arquitetura da Torre
(Monte - ago/2009)
Conclusão da Torre
(Monte - set/2009)

O culto a Nossa Senhora do Monte Serrat surgiu na Espanha, durante a Reconquista, época de lutas entre os cristãos contra os mouros que tinham invadido a Península Ibérica (Portugal e Espanha). Para escapar aos saques, igrejas e capelas foram desativadas, sendo muitas das suas imagens escondidas.
Segundo a tradição, teria sido um pastor que encontrou, na Catalunha, numa área deserta, uma imagem da Virgem Maria com o menino, dentro de uma caverna. A região tem um relevo muito especial, estranho, de rochas agudas que lembram, no horizonte, os dentes de uma gigantesca serra de cortar. Daí o nome de Monte Serrate. O pico mais alto mede 1.235 metros e chama-se São Jerônimo. Curiosa coincidência com a história do Monte Serrat de Santos, cujo primeiro nome era morro de São Jerônimo. Da Catalunha (Espanha) a devoção a Nossa Senhora do Monte Serrat espalhou-se pela França, Itália, Portugal, Países Baixos, Alemanha, Áustria, Tchecoslováquia e outros.
Exerceu marcante influência nas lendas da cavalaria medieval, como na História de Carlos Magno e os Doze Pares da França.
Trazido pelos espanhóis, veio o culto para a América Central, ainda na época de Colombo, e depois para o México, Peru, Equador, entre outros. De Portugal chegou à Bahia, no tempo de Tomé de Sousa e o "...Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, protetora da Catalunha, fundaram Senhores da Torre que chamam Garcia Dias Ávila..." (antes de 1580), segundo frei Santa Maria no Santuário Mariano de 1723.
E no Brasil, o grande impulso a essa devoção foi dado por D. Francisco de Sousa, governador geral, viajando pela Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Sorocaba. D. Francisco chegou a Santos em 1599, em pleno período espanhol, e governou o Brasil até 1605. Voltou novamente ao Brasil em 1608, para governar a Repartição do Sul e morreu pobre, em 1611.
Um requerimento de frei Bernardo de Braga, provincial da Ordem de São Bento, informa que D. Francisco de Sousa "... foi o que fez a ermida e pôs a imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat na Vila de Santos e a dava aos provinciais de São Bento, se na dita vila assistissem...".
Três pessoas podem ter projetado e construído a Capela do Monte Serrat: Irmão Francisco Dias, jesuíta, português e arquiteto; o florentino Baccio de Filicaia, o alemão Geraldo Betting, engenheiros, todos amigos de d. Francisco. As fontes não esclarecem o ano da construção, sendo aceito o período de 1599 e 1605 ou entre 1609 e 1611.
E aqui no Monte, foi quando em 1994 em uma missa, Pe. José Ramos Neves – o pároco da época – sugeriu que escolhesse uma padroeira para a comunidade. Muitos nomes surgiram, mas um foi aceito pela maioria: Nossa Senhora do Monte Serrat. Daí, então, a comunidade começou a pesquisar a história dela para começar a realizar as novenas. Mas só em 2001 é que começou a fazer as novenas, e ainda hoje continua, envolvendo cada vez mais a comunidade toda e as comunidades vizinhas convidadas.

Fonte:Fonte: www.novomilenio.inf.br

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