Fonte: http://www.cleofas.com.br/
A Igreja celebra com a solenidade do Natal a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É este de fato o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece para a nossa meditação “o nascimento eterno do Verbo (o Filho, Jesus) no íntimo dos esplendores do Pai (1ª Missa); a aparição temporária na humildade da carne (2ª Missa); a sua volta no juízo final (3ª Missa).
Um antigo documento, o Cronógrafo do ano 354, atesta a existência em Roma desta festa a 25 de dezembro, que corresponde a celebração pagã do solstício do inverno, isto é, o nascimento do novo sol que, após a noite mais longa do ano, retomava novo vigor.
Celebrado neste dia o nascimento daquele que é o verdadeiro Sol, a luz do mundo, que surge da noite do paganismo, pretendeu-se dar um significado novo, totalmente novo, a uma tradição pagã vivida pelo povo, pois coincidia com as férias de Saturno, durante as quais os escravos recebiam presentes dos seus senhores e eram convidados a se sentarem a mesa de seus donos como cidadãos livres.
Os presentes natalícios, porém, pretendem chamar a atenção para os presentes dos pastores e dos reis magos ao Menino Jesus.
No Oriente o nascimento de Jesus era festejado no dia 6 de janeiro, com o nome de Epifania, que quer dizer manifestação. Depois também a Igreja oriental começou a celebrar na data de 25 de dezembro, conforme encontramos em Antioquia pelo ano de 376 no tempo de são João Crisóstomo, e em 380 em Constantinopla. Enquanto isso, no Ocidente, era introduzida a festa da Epifania, última festa do ciclo natalício, para comemorar a revelação da divindade de Cristo ao mundo pagão. Os textos de liturgia natalícia, formulados numa época de reação à heresia de Ário sobre a Trindade, enfocam com a força de uma calorosa poesia e com rigor teológico a divindade do Menino nascido na gruta de Belém, a sua realeza e onipotência para convidar-nos a adoração do insondável mistério do Deus revestido de carne humana, filho da puríssima Virgem Maria.
A encarnação de Cristo marca a participação direta dos homens na vida divina. A restauração do homem mediante o nascimento espiritual de Jesus nas almas é o tema sugerido pela devoção e pela piedade cristãs que além das comoventes tradições natalícias florescidas as margens da liturgia, convida a meditar anualmente sobre o mistério da nossa salvação em Cristo Senhor.
Outros Santos do mesmo dia: S. Eugênia, Ss. Mártires de Nicomédia, S. Anastácia, B. Jacó de Todi, B. Maria dos Apostolos von Wullenweber e S. Alberto Adamo.
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