50 anos de Brasília
BRASÍLIA - Apesar de alguns protestos contra a corrupção, o clima é de festa e descontração nos 50 anos de Brasília. Até o início desta tarde, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 300 mil pessoas passaram pela Esplanada dos Ministérios. A expectativa da PM é de que até o fim do dia o público chegue a 600 mil.
De manhã, a Esplanada ficou lotada de crianças, acompanhadas pelos pais, que participaram da parada Disney. Jogos do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, a prestação de serviços comunitários e até um festival de Congado movimentaram o evento.
Segundo a corporação, não houve ocorrências graves, a maioria dos contratempos era causada pelo forte calor. Pela manhã, a vice-governadora do Distrito Federal, Ivelise Longhi (PMDB), passou mal durante a troca de bandeiras e teve de ser carregada por seguranças, mas se recuperou rapidamente. Para amenizar o sol forte, a criançada tomava banho nos espelhos d'água e os mais velhos se amontoavam nas poucas sombras.
A programação musical que começa agora à tarde conta com apresentação de vários artistas, entre eles: Paralamas do Sucesso, Nando Reis, Daniela Mercury, Zélia Duncan, Plebe Rude, Oswaldo Montenegro, Raimundos e Milton Nascimento. No encerramento haverá um show pirotécnico.
Fonte: oglobo.globo.com/
Em comemoração aos 50 anos de Brasília, o Banco Central, a Casa da Moeda e Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) lançaram, nesta quarta-feira (21), novos produtos.
Segundo o Banco Central, serão cunhadas moedas comemorativas em alusão ao cinquentenário da capital federal. De um lado, as moedas têm a imagem da catedral de Brasília, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, e da escultura "Os Guerreiros". Haverá, ainda, a inscrição: "Patrimônio da Humanidade - Unesco", e "Brasília 1960 -2010". No reverso, a moeda conterá as linhas do plano piloto, em forma de avião, e o valor de face de R$ 5.
Selos comemorativos
A série destaca os principais monumentos da cidade: o Memorial JK, a escultura "Os Guerreiros", a Catedral, a Igrejinha, o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional. As imagens são reproduções de obras da artista plástica Júlia dos Santos Baptista e retratam os monumentos de forma estilizada.
Fonte: http://www.g1.globo.com/
Festa
A festa dos 50 anos de Brasília teve início às 7h desta quarta-feira com o badalar dos sinos da Catedral e deve se encerrar por volta de 1h de quinta-feira com atrações musicais. Durante o dia 21 o metrô da cidade não cobrará passagem. A expectativa da organização da festa é que 1 milhão de pessoas participem da comemoração dos 50 anos da cidade.
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Tiradentes
Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), é considerado o grande mártir da independência do nosso país. Nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José ( hoje Tiradentes) e São João del Rei, Minas Gerais. Seu pai era um pequeno fazendeiro. Tiradentes não fez estudos das primeiras letras de modo regular. Ficou órfão aos 11 anos; foi mascate, pesquisou minerais, foi médico prático. Tornou-se também conhecido, na sua época, na então capitania, por sua habilidade com que arrancava e colocava novos dentes feitos por ele mesmo, com grande arte. Sobre sua vida militar, sabe-se que pertenceu ao Regimento de Dragões de Minas Gerais. Ficou no posto de alferes, comandando uma patrulha de ronda do mato, prendendo ladrões e assassinos.
ouve então em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais, uma conspiração com o fim de libertar o Brasil do jugo português e proclamar a República. Uma das causas mais importantes do movimento de Vila Rica foi a independência dos Estados Unidos, que se libertara do domínio da Inglaterra em 1776, e também o entusiasmo dos filhos brasileiros que estudaram na Europa, de lá voltando com idéias de liberdade.
Uma das primeiras figuras da Inconfidência foi Tiradentes. O movimento revolucionário ficou apenas em teoria, pois não chegou a se realizar. Em março de 1789, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que se fingia amigo e companheiro, traiu-os, denunciando o movimento ao governador.
Tiradentes foi enforcado a 21 de abril de 1792, no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, arrasaram a casa em que morava e declararam infames os seus descendentes.
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Tancredo Neves
Tancredo Neves nasceu em São João Del Rei, Minas Gerais, em 4 de março de 1910. Advogado, ingressou na política pelo PP (Partido Progressista), pelo qual foi eleito vereador em São João del Rei em 1935, cargo que exerceu até 1937.
Já pelo PSD (Partido Social Democrático), elegeu-se deputado estadual (1947-1950) e deputado federal (1951-1953). Passou a atuar no ministério a partir de 25 de junho de 1953, exercendo os cargos de ministro da Justiça e Negócios Interiores até o suicídio do presidente Getúlio Vargas.
Em 1954, foi eleito novamente deputado federal, cargo que ocupou por um ano. Foi diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (1955) e da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil (1956-1958). De 1958 a 1960, assumiu a Secretaria de Finanças do Estado de Minas Gerais (1958-1960).
Foi nomeado primeiro-ministro com a instauração do regime parlamentarista, logo após a renúncia do presidente Jânio Quadros. Ocupou o cargo de 1961 e 1962. No ano seguinte, voltou a ser eleito deputado federal.
Foi um dos líderes do MDB (Movimendo Democrático Brasileiro), partido criado em 27 de outubro de 1965, a partir do AI-2 (Ato Institucional 2), que decretou a extinção de todos os partidos políticos até então existentes e instituiu o bipartidarismo. Foi reeleito deputado federal seguidas vezes entre 1963 e 1979.
Após a volta do pluripartidarismo, Tancredo foi senador pelo MDB em 1978 e fundou o PP (Partido Popular), partido pelo qual continuou exercendo o mandato até 1982. No ano seguinte, ingressou no PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e foi eleito governador de Minas Gerais (1983-1984).
Neste período político, houve grande agitação política em prol do movimento Diretas Já, numa ação popular que mobilizou os jovens e pregava as eleições diretas para presidente. Porém, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática.
Com o senador José Sarney como vice, foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, representando o partido da oposição e derrotando Paulo Maluf, de direita. Na véspera de tomar a posse, em 14 de março de 1985, o político foi internado em estado grave no hospital e o vice-presidente José Sarney assumiu o cargo. Morreu no dia 21 de abril de 1985, em São Paulo.
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Descobrimento ou invasão do Brasil?
Com a finalidade de instalar feitorias na Índia estabelecendo o lucrativo comércio de especiarias e artigos de luxo nessa região do Oriente, D. Manuel, rei de Portugal, organizou uma poderosa esquadra formada por três naus e dez caravelas, com uma tripulação de aproximadamente 1.500 homens, sob a liderança do fidalgo Pedro Álvares Cabral. Essa expedição contava com experientes navegadores, como Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho e Pero Escolar. Iam também a bordo das embarcações, religiosos como o Frei Henrique Soares de Coimbra e o escrivão Pero Vaz de Caminha, além de 1.200 homens de armas, intérpretes, degredados entre outros.
esquadra de Cabral partiu do Porto do rio Tejo, na praia do Rastelo, em Lisboa no dia nove de março de 1.500. Deveriam seguir a mesma rota marítima percorrida por Vasco da Gama dois anos antes, mas primeiro era necessário tomar posse do Brasil, terra espionada por Duarte Pacheco Pereira a serviço da Coroa portuguesa em 1.498 (além do português Duarte P. Pereira, os historiadores estão em busca novas informações que provem que os espanhóis Vicente Yañez Pizón e Diogo de Leppe e o italiano Américo Vespúcio estiveram no Brasil antes de Cabral).
Depois de 44 dias de viagem, os homens de Cabral puderam gritar “Terra à vista” ao avistarem um monte, o qual deram o nome de Monte Pascoal, pois era quarta-feira, 22 de abril, poucos dias depois da Páscoa.
O primeiro contato com a terra deu-se no dia seguinte. Pelas 10 horas da manhã o veterano das índias, Nicolau Coelho, foi até a praia num bote e lá fez o primeiro contato de forma amigável com 18 nativos tupiniquins “pardos, nus e com arco e flechas nas mãos”. Nicolau deu-lhes um gorro vermelho e uma carapuça. Pouco tempo depois aquele local foi batizado com o nome de Ilha de Vera Cruz. Ao perceberem que não se tratava de uma ilha, o nome foi mudado para Terra de Santa Cruz, hoje Brasil.
Na sexta feira, a esquadra que ainda não tinha ancorado próximo a terra devido a baixa profundidade, rumou 70 Km ao norte a fim de encontrar um lugar seguro para ancorar suas embarcações (daí o nome Porto Seguro-BA). O local que recebeu as naus e as caravelas denomina-se hoje cidade Santa Cruz Cabrália.
No domingo, 26 de abril, Frei Henrique S. de Coimbra, rezou a primeira missa no Brasil aos olhos atentos e pacíficos dos índios, rezada no Ilhéu da Coroa Vermelha. Ao longo desse dia, grande foi a festa e alegria dos portugueses. No dia 1º de maio, foi celebrada a segunda missa no Brasil. Uma procissão ergueu uma enorme cruz e Cabral tomou posse da terra em nome do rei de Portugal.
No dia 02 de maio a caravela de Gaspar de Lemos regressou para Portugal levando ao rei a célebre carta de 28 páginas escrita por Pero Vaz de Caminha, onde o escrivão relata toda a aventura do “descobrimento”, a fauna e flora brasileira, os primeiros contatos dos portugueses com os índios, seus usos e costumes. As outras onze embarcações seguiram para a Índia (uma das naus, comandada por Vasco de Ataídes afundou com 150 homens antes de chegar ao Brasil), onde cumpriria a missão comercial a que se destinava.
No dia 23 de maio, quando a frota se aproximava do Cabo da Boa Esperança (ex-Cabo das Tormentas), desencadeou-se uma terrível tempestade levando o desespero aos tripulantes que viam as naus de Aires Gomes, Simão de Pina e Luís Pires com mais de 300 homens naufragar. Ali afundou também a caravela de Bartolomeu Dias com 80 tripulantes, “cujos corpos serviram de alimento para os peixes”.
Reduzida a sete embarcações, a armada chegou às Índias no final do mês de agosto. Cabral obteve permissão para fundar uma feitoria, mas em 16 de dezembro o estabelecimento foi atacado, o fidalgo e seus homens reagiram bombardeando Calicute por dois dias, provocando grandes estragos.
As seis embarcações restantes (a embarcação de Sancho Tovar encalhou e Cabral mandou incendiar o navio, ele não queria que outros povos estudassem suas embarcações), repletas de especiarias e a tripulação sobrevivente, cerca de 500 homens, iniciaram sua viagem de volta, sendo recebido pelo rei português no dia 23 de julho de 1.501 depois de 500 dias longe de seus lares.
Segundo registros históricos essa foi a primeira e última viagem de Pedro Álvares Cabral. O “grande descobridor do Brasil” caiu na desgraça da Corte quando ao se desentender com o rei sobre uma futura viagem às Índias em 1.502 foi substituído por Vasco da Gama. Retirou-se para Santarém, lá morreu em 1.520 aos 53 anos.
Nesses 504 anos de descobrimento ou invasão, é necessário refletirmos profundamente a nossa história. O Brasil poderia comemorar várias datas: do homem Pré-Cabraliano, da chegada dos portugueses em 1.500, da vinda dos africanos (não como imigrantes), alemães, italianos, japoneses, judeus e assim por diante..., pois somos uma nação formada por várias etnias, mas não podemos esquecer que acima de tudo somos brasileiros, um povo multicolorido devido a fusão de “raças”, temos um sangue multirracial, uma mistura das várias etnias. Precisamos repensar o Brasil, redescobrir nossa Pátria, buscando construir um mundo mais digno e justo e, quem sabe, daqui a 500 anos, os brasileiros sintam orgulho de sermos todos irmãos... brasileiros.
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