
Esse trecho é bem claro para entender a questão que ora se levanta.
Profano
e Sagrado, são duas coisas distintas. O Profano diz respeito àquilo que não tem
ligação religiosa com o sacro-religioso, isto é, contra Deus. Alguns usam o
termo “mundano” também para expressá-lo, e o Sagrado é seu inverso, diz
respeito àquilo que tem Deus, o religioso, o santo, como ponto de partida e
chegada. Um não se mistura ao outro, embora caminhem juntos [ao lado].
Em períodos
de festas no município de Banzaê (sede e maioria dos povoados) acontecem sempre
a mesma história. Com exceção do Povoado Tamburil, todas as comunidades que tem
um Grupo de Animadores de Comunidades passam por essa situação em época de
festa. A grande maioria das pessoas acha que isso é um absurdo da Igreja de
querer tirar a festa profana. A Igreja nunca pediu isso. Há uma má
interpretação das pessoas, segundo coloca o Conselho Paroquial de Banzaê em seu
ofício nº 05 do dia 07 de novembro de 2014 encaminhado à Prefeitura.
"Cumprimentando-a cordialmente a
Comunidade Católica de Banzaê, por seu Conselho Paroquial adiante firmado, vem
mui respeitosamente solicitar de V. Exa.
não promover nenhuma festa que
não seja de cunho religioso entre os dias 29 de novembro a 8 de dezembro, pois sem festa pública profana, a comunidade
católica poderá retomar toda a beleza e o gosto da festa em louvor à Santa
Padroeira Nossa Senhora da Conceição.”
No oficio fica bem claro que a Igreja não quer acabar com a
festa profana, mas apenas pedir que essa não atrapalhe a realização da religiosa.
E nas entrelinhas dá a entender que a Igreja pede à Prefeitura que se for
realizar que seja com uma banda religiosa, já que é usado o nome da Igreja para
divulgar a e realizar a festa não-religiosa.
Em Banzaê tem festa em dois meses ano: Junho e Dezembro.
A verdade é que sempre se confunde (desde sempre) o teor da festa entre SACRO e PROFANO. Todo o início (da festa) aconteceu pelo primeiro motivo, e o segundo (em nome do poder público e para ganhar "moral") se aproveitou dessa situação para enganar e conquistar o povo.
Esse ano está se repetindo o mesmo que em 1995 ou 1996 (Pe. Jose Ramos Neves Ramos X Moraes José; em 2010 com Pe. Mário Gonella X Jailma Dantas II, e agora (2014) com Pe. João Nascimento X Patrícia Almeida. E essa decisão já foi tomada pelo Bispo D. Esmeraldo B. Farias para toda a Diocese de Paulo: "De não realizar eventos profanos no tempo do sagrado" . A questão é que a maioria do padres (e Católicos quase que de modo geral) não deram continuidade, talvez por medo de/ou repressão dos gestores municipais e da maioria população.
Nesse situação fica um grupo pequeno de Católicos que aceitam a ideia, e uma grande maioria (de não praticante) que irá se opor. E que fique bem claro: A IGREJA NÃO QUER TIRAR A FESTA PROFANA, O QUE ELA QUER É QUE ESTA NÃO ATRAPALHE A RELIGIOSA. Afinal, em junho e dezembro comemoramos o que, mesmo?
Entendo mais sobre isso nos linques abaixo.
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