Uma das maiores preocupações de Lula tem sido seu futuro político. Ele já disse diversas vezes que pretende continuar na vida pública mas ainda não decidiu — ou pelo menos não verbalizou — de que forma se dará sua atuação fora do governo.
“Não quero fazer uma coisa da qual vá me arrepender três meses depois”, disse ele em uma confraternização com jornalistas no Palácio do Planalto, na segunda-feira.
Num primeiro momento, o presidente disse a pessoas próximas que se dedicaria à reforma política. A idéia era usar seu prestígio para mobilizar diferentes atores do espectro político em favor de uma reforma profunda do sistema eleitoral.
Depois da eleição de Dilma, no entanto, Lula percebeu que, sem a caneta, já não teria poder para tanto. Ele avaliou que uma derrota poderia esvaziar todo seu capital político e recuou. Na confraternização com os jornalistas, Lula disse que o PT é quem deve liderar a reforma política.
Quando começaram a circular notícias sobre o funcionamento do instituto que pretende montar em São Paulo e de suas ambições políticas para depois da Presidência, Lula mandou interromper as tratativas temendo que sua movimentação fosse interpretada como interferência no governo Dilma. O presidente tem dito aos mais próximos que pretende se recolher durante cerca de três meses para avaliar o cenário e só então voltar a campo.
Vida mundana
À família, Lula diz que pretende aproveitar para desfrutar de prazeres simples e mundanos dos quais se privou nos oito anos de poder. Entre eles ir a bares e restaurantes com amigos e assistir aos jogos do Corinthians no estádio do Pacaembu.
“Nestes oito anos, evitei roda de cerveja, roda de vinho, para não desagradar a ninguém. Se você chama um e não chama outro acaba deixando alguém magoado, desprestigiado. Agora quero aproveitar”, disse ele a um integrante de sua família.
Mas a maioria das pessoas próximas duvida que depois de oito anos de agenda e carga de trabalho intensas, com média de 12 horas de expediente por dia e mais de quase 100 viagens por ano, Lula vá se contentar em ficar de pijama vendo a vida passar da varanda de seu apartamento em São Bernardo do Campo.
“Quando o Lula me convidou para integrar o futuro instituto disse que aceitaria com o maior prazer mas pedi para que ele não fizesse nada antes do final de janeiro”, disse Vannuchi. “Mas se eu conheço o homem acho que ele não vai aguentar muito tempo e em 15 dias estará ligando para todo mundo. Esse é o meu maior temor pessoal.”
Do IG -------> afacaamolada.wordpress.com
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