terça-feira, 2 de agosto de 2011

Entrevista com os "Prefeituráveis" 2012 de Banzaê - Antônio Jackson

Essa é a segunda reportagem da série "Entrevista com os 'Prefeituráveis' 2012 de Banzaê".
O Senhor Antônio Jackson é Secretário do Desenvolvimento Econômico de Banzaê, e se afirma, sem medo de errar ou por puxa-saquismo, que Banzaê está sendo bem administrado, e que para continuar seu desenvolvimento, precisa escolher pessoas que sejam filhos da Terra.


Monte “Nius” – Como o Sr. avalia o trabalho desenvolvido na Secretaria de Desenvolvimento?
Antônio Jackson – Como Secretário Municipal de Desenvolvimento, a gente tem procurado fazer jus ao nome à Secretaria, embora seja uma Secretaria de pasta vazia, isto é, não temos orçamento, mas eu conto com uma parceria forte da Prefeita, que ela sempre cabe os recursos onde tem alguns projetos, alguns programas, e a gente faz com que aconteça muita coisa interessante em nossa Secretaria. Nós temos vários projetos... Aliás, a maioria dos convênios em andamentos parte daqui da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

MN – E como é dividida a SDE?
Antônio Jackson – É uma secretaria bem enxuta, né? Tem um Diretor de Departamento de Meio Ambiente (Evanilton) e um Diretor do Departamento de Associativismo que tem Almeida da Queimada Grande, que é um serviço que ele gosta muito, e aí tem facilidade de fazer reuniões, eu dispenso, até, que ele venha muito aqui na sede e fique interagindo mais nas comunidades rurais, e ele traz muito resultado. Ele é um bom parceiro.

MN – O Sr. tem alguma pretensão a disputar nas eleições de 2012 em Banzaê?
Antônio Jackson – Não. Aqui em Banzaê eu sou grato pela acolhida que eu recebi aqui, pela sintonia com que eu tenho com as pessoas, certo? Pela vida que eles dão para mim... Essa secretaria não existia. Tem qualquer problema fora que eles têm nos procurado, e eu creio que essa citação (falando do resultado da enquete dos “prefeituráveis” 2012) é mais em função do nosso trabalho realizado aqui, e também pelo fato de eu ter algum vínculo familiar com a Prefeita o pessoal possa atribuir que a gente possa ser a bola da vez, mas eu acho que Banzaê deve ser administrado pelos filhos de Banzaê. Sou apenas grato. Não quero espaço, não.

MN – Como o Sr. encara essa aceitação dos internautas e das pessoas de Banzaê?
Antônio Jackson – É em função do trabalho que desenvolvo na Secretaria e também pelo modo como eu me comunico com as pessoas, desde as pessoas mais humildes até às pessoas de uma classe social mais elevada, e eu trato às pessoas sem nenhuma distinção, mas sempre buscando fazer o melhor, assim, pelo governo atual. Minha missão é fazer com que o governo flua bem. E isso possa parecer e refletir indiretamente a isso. Minha função é essa: fazer com que as coisas aconteçam de forma que venha a ajudar a implementar o governo da Prefeita Jailma.

MN – Já a hipótese de candidatura em Banzaê está descartada, Sr. almeja uma vaga em Heliópolis?
Antônio Jackson – Em Heliópolis a minha mulher é pré-candidata. Temos cinco nomes da oposição, todos combinados, o que tiver melhor aceitação será apoiado pelos quatro e por mais pré-candidatos que venham a surgir. Aí, sim, lá eu tenho pretensão... Não é uma obsessão. Eu queria ter uma oportunidade de gerenciar, de administrar o município junto com a minha mulher, porque aí, sim, Banzaê serviu para mim de estágio. Eu vim aqui para Banzaê achando que sabia tudo de política, e na verdade eu aprendi aqui. Aprendi muito, entendeu? A forma séria, o amor com que Jailma administra o governo fez com que... Por exemplo, talvez se eu tivesse sido prefeito em momentos anteriores, não via assim... hoje, não. Eu me sinto bem preparado, e se tivesse a oportunidade eu queria aplicar esse conhecimento, digamos, assim, essa pós-graduação em administração lá em Heliópolis, e aqui torcer que Banzaê fique em boas mãos, dando continuidade e que mantenha o nível da administração que tem.

MN – E lá em Heliópolis qual cargo político de sua esposa?
Antônio Jackson – Ela foi vereadora por dois mandatos aí no pleito passado tentamos habilitá-la para ser candidata a prefeita, mas não conseguimos aí também ela não quis concorrer a vereadora. Porém ela é bem citada, quem a menor rejeição dos pré-candidatos é ela, é uma pessoa nata, filha da Terra, e que se comunica muito bem com as pessoa.

MN – Essa sua pretensão seria em que cargo?
Antônio Jackson – Seria dando apoio à minha mulher. Até porque o eu tenho que fazer por ela eu tenho facilidade que ela não pode fazer por mim. Ela faz a parte dela e eu cedo. Eu seria muito mais forte do que o inverso.

MN – Como o Sr. analisa e avalia o desenvolvimento de Banzaê nestes quatro anos?
Antônio Jackson – Aqui eu falo sem puxa-saquismo. Que eu ando nos municípios da região e a gente aqui de Banzaê parece com o município de um centro muito mais avançado. Não chega a ser como um primeiro mundo, mas tá no nível do sul do Estado Bahia. Eu tenho participado de capacitações junto com eles, aí eu vejo que quando eu falo de Banzaê, a gente fala na mesma linguagem. Já em relação ao pessoal dessa parte de cá do norte-nordeste da Bahia, eles estão bem distantes da gente. Nossa administração, realmente, é uma administração muito séria. Jailma chega até a cobrar com veemência em algum momento, que às vezes a gente entra em choque, mas ela nunca faz uma cobrança por vaidade: isso é o amor que ela tem que Terra dela que faz essa diferença. É por isso que ela tem tanto sucesso na administração dela.

MN – Alguém já lhe procurou para conversar sobre uma possível candidatura?
Antônio Jackson – Não. Essa parte aí é até descartada. Eu não transferi o meu título eleitoral. Eu não tenho domicílio eleitoral em Banzaê, então não conversamos. Teve algumas sondagens, mas é por o pessoal me achar que eu tenho um vínculo familiar com que eu seria a bola da vez, por ter uma experiência, mas essa colocação não existe.

MN – Mas nunca houve nem a citação de um eleitor?
Antônio Jackson – Ah! Muito. Isso eu tenho várias pessoas. Tanto que quando fica falando o nome de fulano e sicrano, eu cito outros nomes. Eu cito muito o nome de Fabiana da Assistência Social. Eu sempre cito porque eu vejo nela uma pessoa muita seriedade. E ela tem um jeito de lidar com as pessoas muito cativante. Eu sempre cito o nome dela, e quando insistem “não. Deveria ser o senhor” eu sempre digo a mesma coisa, né? Vamos deixar o Banzaê com o pessoal de Banzaê.

MN – Quais nomes que estão preparados para concorrer a uma eleição aqui em Banzaê apoiado por Jailma?
Antônio Jackson – Os nomes que eu vejo preparados são os nomes que já estão hoje no governo. A Fabiana ela tem o preparo humano, o preparo de formação e tá militando há seis anos e meio e aprendeu muito e tem uma responsabilidade muito grande. E quando ela vê alguma coisa ela não deixa para o dia seguinte, não. Ela vai até concluir. Vejo também o Secretário de Finanças – Dedé – dedicado, o Secretário de Saúde – Galileu – um outro nome que teria condições de fazer um governo... Dar sequência ao governo de Jailma.

MN – Como o Sr. analisa o perfil dos eleitores de Banzaê?
Antônio Jackson – Eu analiso o perfil dos eleitores, tido por Banzaê, que é um povo exigente, que tem uma noção de cidadania enorme. Não precisa que alguém venha a dizer o direito que eles têm, não, porque eles sabem. São conhecedores dos direitos deles e sabem cobrar isso, entendeu? Aqui quem vier pensando para tapear não vai se dar bem não. Com certeza ele pode até conseguir uma vez, né? Porque a gente tem essa facilidade de se engaja com as pessoas, mas as pessoas de Banzaê não vai persistir no erro, não. Ele dá a oportunidade. Se não corresponder ele não insiste muito em “der olho de faca, não”.

MN – Sua visão geral sobre Banzaê.
Antônio Jackson – Banzaê evoluiu muito por conta dessa responsabilidade que Jailma tem com a administração. A gente está muito além dos municípios da região, a gente tá muito melhor. A gente olha aqui os órgãos, os prédios públicos, as estruturas físicas são da escola de primeiro mundo, porque o Banzaê só aceita isso. Você vê aqui a cidade arrumada com caqueiros. Apenas uma vez que registou que uma pessoa aqui bebendo quebrou, mas nos outro dia foi chorando pedir desculpas a Prefeita até querendo pagar. O pessoal tem esse amor de Banzaê até com certo ciúme pelas coisas dele. Pessoal de fora se não entender isso, ele pode até se dá mal. Na hora da dividida, o pessoal do poder não quer saber do pessoal de fora, eles se preocupam com os que viram nascer e são daqui. Aí o município tá bem. Se esse governo tem serviços em todos os setores município. Você vê em todos os Povoados tem três, quatro, cinco, seis obras grandes... em qualquer povoado ou fazenda... Recentemente a gente fez um levantamento aqui da Secretaria e constatamos que há, apenas, oito moradias no município não tem água encanada. É uma coisa que a Prefeita está agilizando para fechar os 100%. Tá bem em tudo. Estradas, escolas. De todo setor ela olha o município em tudo.

MN – Quais os maiores projetos (realizados) ou que estão em andamento pela SDE?
Antônio Jackson – O nosso maior projeto é o de irrigação aqui do eixo entre Banzaê e Cícero Dantas. Vamos atender a 64 produtores. O projeto em si custa em torno de R$ 15.200.000,00 e já tem o recurso disponibilizado, e esse projeto vai mudar a realidade econômica de Banzaê e da região. Vaio ser um outro diferencial. Você vê: em Banzaê a verdura vem de fora. O que gente compra – o ovo de granja – vem de fora. Quase tudo. A gente produz muito pouco aqui. Com isso a gente deixar que esse recurso fique aqui em Banzaê.

MN – E para o meio ambiente, quais projetos?
Antônio Jackson – Com relação ao meio ambiente, estamos assinando um TAC com o Ministério Público do aterro sanitário. Que deverá ser um aterro sanitário consociado com Ribeira do Pombal. Pelos outros municípios, por causa da distância, muito inconveniente. Se fizesse simplificado a gente também não tinha condição de fazer isso e seria muito mais difícil de capitar recurso. E outra questão é por a gente ser o nosso território pertencente a uma área indígena (em torno de 53%) nós temos uma vasta área de matas: mais de 60%, e nós temos aqui a questão de pleitear o ICM ecológico. Com isso o município vai ganhar arrecadações extras, que se bem aplicadas vai contribuir para continuar o bom governo do município. Temos também aqui o projeto de ATER (Assistência Técnica em Extensão Rural) em parceria com as associações dos agricultores, que consiste em prestar assistência técnica aos agricultores familiar. Vamos cadastrar em torno de 850 famílias, porque pela nova lei de ATER cada 100 família tem que ter um técnico em agropecuária para orientá-la. O governo percebeu que no ano anterior foi disponibilizado 1 bi de reais para a agricultura familiar nos Estado da Bahia, no entanto, só foi acessado R$ 240.000.000,00, porque as pessoas não sabem como acessar, não tem acompanhamento. Então esse trabalho de ATER vai ser de orientar como plantar, como colher.

Mensagem
Se um navio não tem nenhum porto de destino para portar, nenhum vento soprará a seu favor. Se não tivermos objetivos e metas na vida, a gente não sabe onde vai chegar. Então se a gente tiver esses objetivos, a gente chegará lá. Se a gente não tiver metas, mesmo que a gente queira, não será ajudado. Porque quem quer ajudar a gente não sabe o queremos, e aí não sabe como ajudar-nos.

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