quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Opinião dos vereadores da oposição de Banzaê sobre o empréstimo feito à Caixa Econômica

O Monte "Nius" conversou com os vereadores da oposição em Banzaê a respeito do mais polêmico projeto que já tramitou no Legislativo do Município: é o PL 07/2011, que já faz 3 meses e não foi votado na Casa Legislativa. A seguir as falas dos vereadores de oposição. Os demais vereadores, o MN tentou entrar em contato, mas não conseguiu.

Gilson do Camamum

“Eu sou contra o Projeto. Porque em primeiro lugar eu queria que fosse feito um cemitério e não foi feito; segundo lugar, queria uma rede de esgoto e não foi feito. Agora vem calçamento só por que sobra dinheiro? A minha explicação é essa, porque nós não temos um cemitério na cidade, não temos uma rede de esgoto. Isso é coisas que não aparece. Agora tomar empréstimo pra calçamento todo mundo quer. E isso já foi debatido um “bocado” de vez na Câmara. Nunca foi apresentado o projeto na Câmara. Nunca veio da assessoria jurídica. O Projeto foi feito irregular no início. O Projeto não justificava nada. Não tinha meio-fio, não tinha calçada. Então foi barrado, aí foi levado pra assessoria jurídica e estamos esperando o parecer. E o presidente bota em votação a qualquer momento”. 
A reportagem do Monte “Nius” foi criticada pelo Vereador pois segundo ele nossa base de informação são os locutores da Pombal FM como base para algumas notícias.

Vereador Irará
Justificativa de não ter realizado a Sessão ontem (29/08). 
“O TCM daqui mudou para Serrinha. Saímos ontem (29) por volta das 7 horas da manhã e retornamos lá de Serrinha mais ou menos de 6:30 paras 7 horas (da noite), tivemos problemas no caminho, e quando chegamos aqui já era quase 10 horas da noite. É um absurdo. O pessoal de Canudos tá saindo de Canudos pra ir pra Serrinha”.

Projeto de Pavimentação.
“Olha. Esse mesmo projeto, no passado, o ex-prefeito Zé Leal colocou e foi vetado e foi vetado, porque eu vejo o seguinte: se fosse um projeto que fosse pago na gestão atual eu sou a favor, porque nós sempre soubemos que não poderia deixar débito pra outro. No futuro quem for prefeito vai se queixar que não estar trabalhando por conta desse projeto. Essa é que é a realidade que sempre foi visto que um prefeito não pode deixar débito para o outro. Quer dizer, é um dinheiro que está se tomando agora para que outro prefeito pague. E a gente precisa ver se esse projeto não vai de encontro a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do município. E esse projeto ainda está nas mãos do advogado da Casa, e não chegou à Casa ainda. E eu não sei porque essa preocupação tão grande de ser votado. Eu não sei porque essa preocupação da emissora de Pombal que chegou ao ponto de dizer que Banzaê é uma extensão de Pombal. Não. Nós respeitamos os vereadores de Pombal, somos parceiros, somos amigos. Gostamos, amamos o povo de Pombal. Mas Banzaê é uma cidade, não extensão de lugar nenhum. É, sim, extensão do Brasil. Porque Canudo não é extensão de Euclides da Cunha; o Brasil não é extensão de Portugal, é um pais independente, como Banzaê é independente. E quando o locutor de Pombal diz: ‘Pombal votou, vereadores votaram, Banzaê tem que votar’. Não. Os vereadores de Pombal legislam Pombal e os vereadores de Banzaê legislam Banzaê. Nós dos vereadores (de Pombal) somos amigos, somos parceiros. Agora tem que definir uma coisa: nem tudo o que é bom pra Pombal é bom pra Banzaê. Banzaê anda com os seus próprios pés”.

Projeto que dá título de Cidadão Banzaêense ao promotor de justiça Dr. João Paulo
“Banzaê tem olhos de ver aqueles que trabalham em prol da comunidade. E quando nós vemos alguém como o Dr. João Paulo que sai de trás do birô, de trás da carteira em busca de resolver a problemática, de fazer justiça, de que tem um poder, mas que não é possuído por ele, mas exerce esse poder para que a justiça seja cumprida, nós ficamos felizes e sentimos que não estamos só, e que o Brasil de hoje não é uma Brasil de 1964, hoje é um Brasil para todos. Então o Dr. João Paulo, quando você chega pra conversar com ele, é ele quem lhe procura pra resolver a problemática. Nós vemos isso em Banzaê e isso fez coque a gente considerasse ele um cidadão de Banzaê. Então eu e o Vereador Vanderlei, vendo o trabalho que ele tem prestado a comunidade, achamos justo que fosse oferecido esse título ao Dr. João Paulo. A excelência é dele, mas a honra vai ser sempre nossa de tê-lo como cidadão de Banzaê. O Projeto já foi apresentado e vai ser votado unanimemente. Josivan, agradeço a você, que Jesus ilumine o povo de Banzaê, e que nós estamos lutando por mais justiça social para o povo desse país para que os menos favorecidos tenham mais oportunidade. Um abraço também ao povo ao povo pombalense”.

Edson Brito 
Justificativa da ausência à sessão do dia 29/08
“Ontem não teve sessão porque eu fui à Serrinha ao Tribunal, aí eu não tive condições de chegar a tempo na sessão, mas os vereadores podiam ter aberto a sessão, mas não tinha vereador em número suficiente para abri a sessão, tinha muitos viajando, e aí por conta disso, Bruno, Genildo que são os assessores da Prefeita, parece que são pagos pra isso, pra pressionar os interesses da Prefeitura na Câmara, e nós não aceitamos pressão de ninguém. Nós temos que obedecer a Lei, e acabou.

Projeto de Pavimentação
O projeto de Pavimentação está na assessoria jurídica pra ser analisado, porque quando a Prefeita mandou o projeto original, mandou um projeto muito vago, sem a gente saber nem do que se tratava. Um projeto que não constava nada. Só dizia que a Prefeita queria fazer um empréstimo da caixa econômica, mas nem dizia pra que era dentro do PAC II, era o PROTRANSPORTE dentro do PAC II. Daí, quando foi agora no recesso, ela mandou um complemento sobre esse projeto. Tá na assessoria jurídica sendo analisado, pra assessoria jurídica dá um parecer, porque é um projeto que vai unificar o Município, e dentro da LRF a gente entendia que um prefeito não pode deixar dívida para o outro prefeito, mas agora eles encontraram uma brecha, não sei como, que pode, porque a LRF que foi criada – e foi considerada uma Lei avançada – aí encontra agora dentro do PAC essa brecha que agora pode. Eu não entendo essa Lei do Brasil. E aí o que vai acontecer: a Prefeita vai tomar esse empréstimo que não vai sair um real da administração dela. Vai tomar esse pra calçamento, pra depois tomar outro pra saneamento. E por que não toma primeiro pra saneamento pra depois tomar para calçamento, se saneamento é mais importante do que calçamento? Saneamento básico evita de 50% a 60% de doenças, e Banzaê é carente demais de saneamento básico, porque aqui nós quase não temos saneamento e o que temos é muito pouco. Aí se toma dinheiro emprestado pra calçamento, depois vai tomar outro pra saneamento, aí vai ter que quebrar o calçamento pra poder fazer o saneamento básico. Não é uma incoerência não? Os governantes acham que o dinheiro público é pra jogar fora mesmo, é pra desperdiçar. Isso é dinheiro jogado fora. Então o que nós estamos reivindicando é que ela tome primeiro pra saneamento básico e depois pra calçamento. A nossa sugestão é essa. O projeto vai ser votado. Mas a minha opinião pessoal é há desperdício de dinheiro. A pessoa que é independente e esclarecida, sabe qual é o objetivo primeiro desse projeto de calçamento. A política de Jailma é uma politica centralizadora, de cabresto, é uma política de curral, e a Câmara é um poder independente da Prefeitura. O município tem três poderes: é o executivo, o legislativo e judiciário, cada um com sua autonomia.

Vereador Zé Peixinho
"Porque quando chegou aquele projeto das casas populares, chegou com urgência. Aí falamos: “deixe a gente analisar primeiro.” “não, tem que...” A questão é que se não votarem vai votar o dinheiro. Repare quanto tempo tem as casas populares. Inclusive o Salgado nem o terreno ainda pagaram, pegaram o documento do terreno de Zé de Piroca, e ele me disse a mim: “Zé Peixinho, perderam até meu documento original, e eu tenho que tirar outro”. O Monte, você sabe que eu sempre ando lá, e vejo aquelas casas bonitas, mas tá precisando de aprontar aquelas casas, o povo precisando e tá tudo parado. Mesma coisa é esse empréstimo é um absurdo. Nem se fosse Zé Leal, eu aprovaria. Eu tou votando contra não é por causa de política, é porque um empréstimo pra deixar pra dois mandatos, ela num vai pagar nem uma parcela. Aí quando entrar outro prefeito – quem for: Edson, Cicinho, Zé Leal ou Patrícia – vai dizer o que? “Eu não posso trabalhar porque os vereadores votaram a favor que eu tenho que pagar a dívida de outro prefeito”. Minha atitude é essa, eu disse várias vezes e repito. Até o cara da rádio estava me criticando. Rapaz você tem que ver de perto. Marque (dá-se a entender uma entrevista). Se ele tivesse marcado como Marques Viana me perguntou... “É Zé Peixinho, você tá certo, você é oposição e tem sua posição”. Eu acho q a oposição tem que ser respeitada também, como eu estava falando com Pneu outro dia. Oposição é oposição. A oposição não pode votar num projeto que vai maltratar o povo. Desde quando começou o meu trabalho aqui em Banzaê, não é querendo me gabar, que meu esforço é pra isso: pra ajudar o povo. Eu não tenho, assim, nada comprado com a política, quando eu pego meu salario já sabe como é que é, divido com o povo. Diz que a Lei não permite, mas eu não tenho nada a ver. Eu acho que agente trabalha aqui é pra isso, é para o povo".

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