domingo, 27 de junho de 2021

Índios Kiriris de Banzaê mantêm BA-388 interditada por tempo indeterminado e fecham outras estradas (Atualizada)

Fotos: Adenilza Kiriri / Informações: Raimundo Kiriri

Já no terceiro dia, o estopim do manifesto foi em decorrência do acidente da sexta-feira (25) envolvendo um motociclista que resultou na morte do Conselheiro José Francisco, conhecido por Seu Minino. Os índios da aldeia de Marcação se reuniram e bloquearam o acesso da BA-388 a cerca de 5 km da entrada da cidade.


Além da BA-388, o bloqueio se estendeu até outras estadas que dão a cesso à sede do município pelo povoado de Mirandela. E continua sem previsão de liberação, e se não se chegarem a um acordo, eles poderão avançar para a sede do Município para protestar em frente aos órgãos competentes.

O que eles estão reivindicando - como foi mencionado na matéria anterior - é justiça pela morte do Conselheiro Seu Minino, além de tantas outras mortes que já ocorreram na BA-388, e que ficaram impunes ou sem assistência adequada na saúde e, principalmente, na segurança. 

Segundo Raimundo Kiriri, esse abandono na área da segurança pública está fazendo com que vários roubos aconteçam dentro da reserva sem nenhuma punição. Além do mais, eles cobram, como já foi sugerido em tempos anteriores, que a BA-388 deixe de passar por dentro da reserva indígena e que busquem uma solução alternativa para isso. Eles são bem enfáticos ao dizerem que este manifesto da aldeia de Marcação não se trata de reivindicação de mais terras, mas, sim, de justiça e um olhar mais atento do poder público local nessa questão de segurança e de outros assuntos de pequenas relevâncias, mas que estão ligados um pouco a isso, por exemplo, melhoria na iluminação pública.

Até o momento, consoante informou Raimundo Kiriri, não houve conversa envolvendo as autoridades do Município e nem dos índios (Funai) para solucionar ou amenizar a situação. Nem a Prefeita de Banzaê (Jailma Dantas), nem o Chefe da Funai do Município (Greydson Matos) ou outra autoridade. Segundo ele, a prefeitura enviou um representante para saber como eles estão, mas que esse não seria a pessoa ideal que eles desejavam ter para conversar. Mas eles esperam que os responsáveis possam tomar as mais necessárias providências desse impasse. Caso não o façam continuarão com o manifesta sem previsão para terminar. 

Mais informações de que a comunidade de Pau-Ferro aderirá ao manifesto, e continua sem previsão de liberação enquanto não houver uma conversa com as autoridades competentes.

Há outra informação de que a Prefeitura já informou à Casa Militar da Bahia, a Polícia Civil e ao Governo do Estado sobre o que está acontecendo no municípios. Agora, é aguardar para ver como findará. E tomara que seja o melhor para todos.

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