Novas pesquisas indicam fendas na superfície da Lua que se formaram conforme o interior se esfriava e encolhia durante o último bilhão de anos. |
WASHINGTON - A Lua pode estar encolhendo. Mas não se preocupem amantes e artistas, ela não desaparecerá tão cedo.
Novas pesquisas indicam fendas na superfície da Lua que se formaram conforme o interior se esfriava e encolhia durante o último bilhão de anos, aproximadamente. Isso significa que a superfície também diminuiu de tamanho, embora não seja uma mudança facilmente notável.
Cientistas identificaram 14 acidentes geográficos conhecidos como “escarpas lobuladas” espalhados pela superfície da Lua, segundo Thomas R. Watters, do Centro de Estudos Planetários do Museu Nacional Espacial de Smithsonian.
Watters e seus colegas descrevem sua descoberta na edição de hoje da revista Science.
As escarpas já haviam sido encontradas anteriormente no equador lunar, mas essas são as primeiras evidências em outras áreas, indicando que resultam de um processo integral.
O estudo afirma que as escarpas representam “evidências de falhas recentes na superfície da Lua” (no caso dessa ciência planetária, “recente” pode significar milhões de anos).
As escarpas se estendem por pequenas crateras, e pequenas crateras tendem a ser destruídas com o tempo. Além disso, não há grandes crateras nos topos das escarpas, outro indício de que elas são relativamente recentes.
“O mais legal é pensar que, como as falhas parecem realmente jovens, há a possibilidade de essa contração ter ocorrido há pouco tempo, ou seja, a Lua ainda pode estar ativa”, disse Watters.
O tamanho das escarpas indica um encolhimento no tamanho da Lua de cerda de 100 metros, o que não chega a ser suficiente para que o notemos a olhos nus. A Lua mede o equivalente a um quarto do diâmetro da Terra.
Porém podemos nos tranquilizar. A Lua não desaparecerá e essas mudanças não afetarão a Terra, garante Watters.
Fonte: info.abril.com.br
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