A vitória da candidata petista Dilma Rousseff nas eleições brasileiras neste domingo (31) é destaque nos sites de jornais internacionais. As publicações ressaltam o passado guerrilheiro da petista e o peso do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no resultado.
A eleição de Dilma é manchete no site da rede de TV árabe “Al-Jazeera”, que aponta que ela assumirá o poder “de um país em ascensão”, e uma das economias “mais quentes” do mundo. A Al-Jazeera também aponta que o presidente Lula “usou seus 80% de aprovação para fazer campanha por Rousseff”.
A notícia também é manchete no site do argentino “La Nación”, que aponta o “triunfo” de Dilma. “Os brasileiros apoiaram a continuidade do modelo exitoso atual construído por Lula da Silva”, afirma a publicação.
Na Bulgária, a agência de notícias "Novinite" diz que a popularidade de Dilma é resultado, principalmente, de sua "promoção pelo extremamente popular presidente Lula da Silva". "Acredita-se que Dilma Rousseff tenha ganho o segundo turno das eleições presidenciais graças aos votos dos mais pobres e da classe média da sociedade brasileira.
Na Espanha, o “El País” destaca a eleição da primeira mulher e “herdeira de Lula” à Presidência do Brasil. O jornal ressalta a importância de Lula - a quem chama de “formidável figura política latino-americana” - para o resultado deste domingo. “Rousseff necessitará, no entanto, assentar sua força e poder na presidência, com um governo próprio e sua própria forma de trabalhar que é, sem dúvida, muito mais austera que a de seu antecessor”, afirma o jornal.
O norte-americano “New York Times” dá destaque às diferenças entre Dilma e Lula: “Rousseff não tem o carisma de Lula nem sua influência sobre o congresso”. O jornal afirma ainda que os investidores temem que ela não consiga aprovar reformas econômicas “que poderiam reduzir o alto custo de fazer negócios no Brasil”.
O português “Jornal de Notícias” destacou a eleição da primeira mulher à Presidência do Brasil e ressaltou o discurso de Dilma Rousseff após a divulgação do resultado, em que se comprometeu a acabar com a miséria no país.
No México, o “El Universal” lembrou o passado guerrilheiro de Dilma, e afirmou que ela “ganhou reputação de uma líder dura e até grosseira com seus subalternos, capaz até de gritar com outros ministros”.
Na França, o "Le Monde" disse que Dilma, “sucessora do popular presidente Lula” é a primeira mulher eleita ao cargo de presidente. O jornal destaca que Dilma foi guerrilheira e sobreviveu ao câncer e teve como principal trunfo da campanha o balanço econômico dos anos do governo Lula, com um “crescimento espetacular” que permitiu que mais de 10% da população saísse da pobreza.
O jornal ainda afirma que Dilma não era muito conhecida antes da campanha e Lula participou ativamente de todo o processo, convencendo os eleitores a votarem na “herdeira”. Ainda de acordo com o Le Monde, Dilma, que não é carismática como o antecessor, deve seguir a política de Lula e ainda investir em infraestrutura e nas melhorias do sistema educacional.
Também na França, o "Le Figaro" dedica a manchete de sua página na internet à eleição brasileira. A reportagem diz que a ex-chefe da Casa Civil não havia concorrido em nenhuma outra eleição e que os brasileiros deram uma “mensagem de continuidade”, como resultado da popularidade do Lula.
Fonte: G1.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário