ELEIÇÕES 2012 / BANZAÊ - Simpatia ou protesto? (Atualizada)

Finalizada mais uma campanha eleitoral, e o resultado causou um certo espanto em muitos. Pelo fato de haver uma união dos maiores líderes político de Banzaê (Jailma e Zé Leal), esperava-se um resultado diferente do ocorrido.

Na eleição de 2008, Jailma teve 4413 e Hamilton Viana 2569, este tinha o apoio de Zé Leal que era candidato a vice-prefeito. Hamilton só conseguiu ganhar de Jailma em uma única seção, a de número 66, no Povoado Salgado, sendo 108 votos para Hamilton e 102 pra Jailma, e se não falha a memória, não ganhou em mais nenhuma urna. A diferença foi de 1844 votos, os vereadores Zé Peixinho teve 533, Gilson 496 e Irará 406, totalizando 1435 votos, eles que eram oposição. Passados quatro anos, Zé Leal se uniu com Jailma e, junto com ele mais dois vereadores: Zé Peixinho e Gilson do Camamu, e apoiaram Patrícia, que teve 4112, bem abaixo dos 4413 de Jailma (uma "perca" de 301 votos), a diferença em 2008 foi de 1844, ao invés de crescer, diminuiu para 1069 votos. Perceba que os três diminuíram as votações em relação a 2008. Dois desses vereadores foram para o grupo do governo. Os votos dos dois vereadores (Gilson e Zé Peixinho) somam 970, praticamente a diferença da eleição de Prefeito. Se somamos os votos das duas coligações do governo vai pra 5749, bem acima dos 4112 que a candidata da situação recebeu, daria 1637 de diferença, praticamente a votação da coligação de vereadores da oposição. Assim entende-se que o povo votou nos vereadores que eram da oposição, até junho, mas sabe-se lá por qual motivo. Revolta? Quem sabe o que levou a migraram esses votos para Edson Brito?

Outro fato que se nota, é que a maioria dos candidatos a vereador não estavam preocupado com a campanha para prefeito. Cada um estava defendendo e conquistando o seu território, e isso era feito a qualquer custo, como disse um dos candidatos que vale tudo na política para ganhar uma eleição. Se for preciso, se tornar amigos de uns e "inimigos" de outros, pois o que vale é cada um fazer o seu nome e sua história. Sem esquecer ainda, que é na reta final da campanha que se decide as eleições. E bem sabemos que não são as propostas de governo ou os programas de rádio e televisão, mas sim o "poder" de decisão que muitos têm nas mãos, ou melhor, no bolso, na bolsa ou na boca pelas promessas pessoais, mesmo sabendo que não existe, ainda tem gente que acredita em uma vaga de emprego.

Pelo fato que aconteceu em junho, alguns analistas políticos acreditavam que poderia existir muitos votos branco para prefeito ou aumentar o número de abstenções em Banzaê, mas o quadro de comparecimento foi considerado normal em relação às eleições passadas e ao número de eleitores.
Quando Banzaê tinha 8929 eleitores (outubro de 2008) o número de abstenções chegou a 1301, tendo um comparecimento de 7628. Esse ano, o número de comparecimento foi de 7617 de um total de 9721 eleitores ( um aumento de 729 eleitores). O número de brancos da eleição de 2008 foi de 85 contra 81 eleitores desse ano, e nulos 561 contra 381 em 2012. Em meio a tudo isso, ainda fica a pergunta de muitos em Banzaê: o número de votos da oposição, foi simpatia ou protesto? A candidata Patrícia ganhou, mas era mesmo esse número esperado? Os números levam a fazer uma análise minuciosa da situação. Acredita-se que mais surpresa ainda esteja por vir nessa eleição. Como ficará a situação da Câmara de Vereadores? Que mudanças ocorrerão antes e depois dela estar composta? Vamos aguardar o desenrolar da situação.