domingo, 16 de agosto de 2015

Paróquia de Banzaê: 23 anos. Homenagem do Monte Nius.

"O 'Santo' mais bem feito é o que leva mais cortes e porrada."

Essa era uma frase muito usada por Pe. José Ramos Neves (primeiro pároco de Banzaê, 1992-1997), quando falava para nós com relação às dificuldades enfrentadas durante o nosso caminhar, com isso ele queria dizer que o sofrimento é um dos elementos essenciais para o nosso fortalecimento e amadurecimento social, religioso, profissional e pessoal, mas ele deve vir acompanhado de superações, pois quando superamos, isso mostra que estamos aprendendo e vencendo.

A história da Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Banzaê) foi assim desde os seus primeiros momentos.

Sabe aquela história de pessoas que queimam fazes da sua vida por conta da maturidade e crescimento precoce de idade por conta da necessidade de sobreviver e acompanhar os acontecimentos, evoluções e processos? Isso aconteceu com Banzaê. A escassez que tínhamos de padres foi desenvolvendo nos paroquianos de Banzaê a capacidade de caminhar com suas próprias pernas guiados e animados pelo Espírito Santo, seguindo o exemplo de Maria que partiu em serviço a ajudar sua prima Izabel que esperava o Precursor.

Cada um dos paroquiano sabe as dificuldades enfrentadas (conflitos de etnias, as crises e conflitos políticos, dificuldades de acesso à informação, dificuldade de locomoção dos povoados para a sede, falta de condições financeiras, enfim, tantas outras que não é preciso mencionar, pois tenho certeza que nesse momento cada um começará a lembrar-se com mais detalhes o que foi vivido individual e comunitariamente). Mas nenhuma dessas superava o prazer da conquista, as alegrias vividas quando todos se encontravam nas assembleias paroquias, nos encontros de grupos, nas visitas realizadas às comunidades nos períodos dos novenários.

O entusiasmo, a coragem e vontade de continuar era (e é) realmente estupenda. Não tinha como não acreditar que as forças vinham, mesmo, dos Céus. é impressionante como cada uma era superada. E nunca, em nenhum momento alguém desanimou, e muito menos desistiu de continuar essa missão maravilhosa que Deus escolheu para nós. Nem mesmo o período de falta de padres afetou a caminhada da Paróquia. Quando, realmente é de Deus, as forças do Mal não prevalecem, e disso somos testemunhas dessa "profecia" de Jesus.

Não há como não se maravilhar em fazer parte de uma história dessa. Uma história construída de lutas, e vitórias, de tristeza e alegrias, mas nunca de desânimo ou desistência, porque em todos os mementos sempre acreditamos nas promessas de Jesus que em todos os momentos nos enviava seu Santo Espírito, o nosso defensor, paráclito e consolador.

Como finalizar essa matéria? Nem sei. Ela vai ficar sem um fim, porque a nossa história continua, e vai continuar até os confins dos tempos, quando o Senhor decidir levar os seus para o lugar na "Mesa do grande Banquete" preparada por seu Pai para os seus.

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